A cidade recebeu o nome de Sete Lagoas devido às principais lagoas que podem ser vistas do alto da cidade, totalizando sete, sendo elas: Lagoa Paulino, Boa Vista, José Félix, Cercadinho, Vapabuçu, Catarina e Chácara. São considerados os principais cartões postais da cidade, além de serem espaço de lazer e local para prática de exercício físico da população, e tombadas pelo município.
O fluxo em torno de cada um delas varia de acordo com a sua localização, tendo em vista que algumas estão na região mais central e outras mais afastadas. Mas um fato que ninguém pode negar, é que pelo menos uma dessas lagoas, está presente no dia a dia dos moradores da cidade.
Para além das lagoas, existem outros locais, que possuem relevância tanto na história quanto para o dia a dia da cidade. São oito lugares, um deles é a Ilha do Milito, que está situada na Lagoa Paulino, que serviu por muitos anos como local de recreação, e atualmente funciona como bar e lanchonete. Adentrando na parte museológica, são três espaços analisados, o Museu Ferroviário, o Museu Histórico Municipal e o Museu de Mineralogia – este último não chegou a ser oficialmente criado. Já na parte cultural se tem o Centro Cultural Nhô Quim Drummond, a Casa da Cultura. Outro local é a Praça Wilson Tanure, popularmente conhecido como Centro de Atendimento ao Turismo, que é um local de orientação ao turista, além de ser espaço da feira permanente de produtos artesanais e industriais da cidade. Por fim, a Capela e o Parque da Cascata, situados na Serra Santa Helena, local de importância por ser uma grande extensão de área verde na cidade.
Está localizada no centro da cidade e possui em torno de 2000m de perímetro. Por conta da sua localização, entre as sete lagoas principais, é a lagoa com maior fluxo seja de pedestres que transitam pelo centro, de pessoas praticando atividade física ou frequentando os bares da sua orla.
Identificação da Lagoa Paulino
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Antes dos anos 1940, a lagoa não era urbanizada, e foi após obras para melhoria da condição da lagoa – que sofria com assoreamento – que ocorreu o processo de urbanização. A lagoa, após alguns anos, passou a ter uma ilha que também será abordada ao longo deste trabalho.
Durante alguns anos, foi possível fazer passeios de barco e até mesmo corridas com os mesmos na lagoa que foram impossibilitados após diversos processos ambientais e intervenções na mesma.
Lagoa Paulino antigamente com barcos (detalhe da Ilha ao fundo)
Fonte: Facebook. SANTOS, Michel. A Linda História de Sete Lagoas. 27 de julho de 2020
Lagoa Paulino antigamente com barcos
Fonte: Facebook. SANTOS, Michel. A Linda História de Sete Lagoas. 27 de julho de 2020
Mais recentemente, os passeios dentro da lagoa eram possíveis por meio de pedalinhos, que hoje em dia já não existem mais.
Antigos pedalinhos da Lagoa Paulino
Fonte: LAGOAS. Sete Lagoas dos Lagos Encantados
A Lagoa Paulino já foi palco de diversas histórias que até hoje são comentadas pelos moradores da cidade, como por exemplo quando em 1980 um casal de botos cor de rosa foram colocados ilegalmente na lagoa; ou em uma das vezes em que foi esvaziada e fizeram um campeonato de motocross dentro da lagoa.
Infelizmente com o passar dos anos, a qualidade da água da lagoa tem se tornado cada vez pior, seja devido ao elevado número de algas microscópicas que geram o processo de eutrofização. É importante salientar que não há lançamento de esgoto in natura nessa e em nenhuma outra das lagoas – com uma pequena dúvida para a lagoa José Félix que é cercada por terrenos particulares. Grande parte da poluição existente nesta lagoa é devido ao descarte incorreto de lixo por parte da população. Essa má qualidade gera mau cheiro, que atrapalha querendo ou não, na permanência na orla da lagoa.
Atual situação da água da Lagoa Paulino
Fonte: Acervo Pessoal
Se tratando da orla imediata da lagoa, o problema está relacionado a qualidade da calçada, que possuía uma característica única após o processo de urbanização do local – uma vez que os desenhos criados pelas pedras formam o 7L que é a abreviatura de Sete Lagoas – mas que hoje em dia está bastante deteriorada. Além disso, a ausência de bancos para descanso, lixeiras, e iluminação de qualidade, são outros fatores negativos, em um dos principais pontos turísticos da cidade.
Atual situação da calçada da orla da Lagoa Paulino
Fonte: Acervo Pessoal
A Lagoa José Félix, também conhecida como Lagoa do Náutico, por conta de clube localizado em parte de sua orla. A lagoa possui em torno de 2700m de perímetro, sendo assim, a maior lagoa dentre as outras dentro do limite urbano.
Identificação Lagoa José Félix
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Diferentemente das outras duas lagoas já citadas, o acesso a essa é restrito aos associados do clube, aos moradores das residências de alto padrão que rodeiam a lagoa, ou frequentadores dos espaços de eventos da orla, como por exemplo o restaurante Quintal da Lagoa.
Bar Quintal da Lagoa
Fonte: Instagram – Quintal da Lagoa
Além disso, os moradores da orla costumam praticar atividades náuticas na lagoa.
Por ser uma lagoa privada, os problemas existentes nas outras não são aplicados neste caso. Na Lagoa José Félix, a questão é em relação à poluição de efluentes, não é confirmada mas que é possível de acontecer uma vez que há diversas residências ao no entorno da lagoa. Além de que há espaços comerciais, o clube, acabam por jogar diversos lixos na lagoa.
A Lagoa do Boa Vista está localizada também na região central do município e possui em torno de 1000m de perímetro. É a segunda mais visitada da cidade, e parte desse fluxo se deve ao fato da Feirinha que ocorre aos domingos, aos comércios da orla e a pista para corrida e ciclovia existentes.
Identificação Lagoa do Boa Vista
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Além da estrutura do Parque Náutico, no entorno da lagoa tem área de eventos e feira, pista de patinação, brinquedos, bicicross, skate, quadras de areia e dois campos de futebol.
Vista aérea da Lagoa do Boa Vista e seu complexo
Fonte: Luiz Claudio Alvarenga – ipatrimônio
A Feira do Boa Vista é um atrativo dos domingos da cidade, pois possui artesanato, hortifrutigranjeiros, além de barracas de alimentação e opções de recreação.
Após a criação da ilha na Lagoa Paulino, foi implementada uma ilha também na Lagoa do Boa Vista, chamado de Mirante do Boa Vista, sendo um espaço para festas,e que atualmente encontra-se abandonado.
Mirante do Boa Vista antigamente
Fonte: Alan Junio – Site seteLagoas.com.br
Atual condição do Mirante
Fonte: Acervo Pessoal
Além do Mirante, também existia um Jardim Zoológico em outra porção da lagoa, que era mais uma opção de lazer da cidade, entretanto o local foi desativado em 2012.
Estado do antigo mini zoológico ao ser fechado
Fonte: Site seteLagoas.com.br
Após a desativação do local, o projeto era de que fosse implementado um Centro de Educação Ambiental, entretanto o projeto acabou não sendo concretizado. Um ano depois, o prefeito daquela época surgiu com a promessa de que seria construído um ginásio coberto no local. Algum tempo depois, em 2016, foi iniciada uma reforma no prédio para instalação de um posto da Guarda Civil e da sede da Secretaria Municipal de Esportes.
Atual condição das antigas instalações do zoológico
Fonte: Acervo Pessoal
Há também na lagoa, uma parte que foi instalada recentemente, denominada “Circuito de Calistenia”, em virtude do projeto “Adote uma área pública” em parceria com a FACSETE (Faculdade de Sete Lagoas).
Circuito de Calistenia
Fonte: Acervo Pessoal
Apesar de possuir a pista e a ciclovia na orla, a ausência de iluminação adequada para atividades físicas compromete o uso do local no período noturno. Os brinquedos existentes, apesar de ainda permitirem o uso, não estão no melhor estado para garantir segurança às crianças que frequentam o local. Os espaços não utilizados, somado ao problema anteriormente citado, corroboram com a sensação de insegurança na lagoa.
Localizada em uma região nobre, a Lagoa do Cercadinho está entre bairros de alto padrão e o centro da cidade. A lagoa possui em torno de 530m de perímetro, calçadas com largura de 3m, brinquedos e uma diversidade de vegetação em sua orla, o que propicia a prática de atividades físicas e momentos de lazer em família.
Identificação Lagoa do Cercadinho
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Lagoa do Cercadinho – brinquedos e academia pública ao fundo
Fonte: Acervo Pessoal
Essa lagoa sempre passou por períodos de seca e na década de 90 foi necessário um estudo para entender o motivo da lagoa esvaziar com frequência. E na época foi constatado que era um processo natural, e algumas intervenções foram feitas para evitar que novas secas acontecessem.
Processo de revitalização da lagoa
Fonte: Projeto Barraginhas
Talvez seja uma das lagoas mais bem cuidadas da cidade, devido à sua localização mais afastada dos grandes pontos de fluxos constantes e pela proximidade com bairros nobres.
Lagoa do Cercadinho atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
A Lagoa do Cercadinho nos últimos anos foi espaço para eventos como o Pré Carnaval da cidade, onde até um bloco foi criado com o nome da lagoa. O Bloco do Cercadinho é um destaque na cidade por conta de uma característica, ter o público infantil como público alvo.
Entretanto, além do problema das secas, há também a questão do sentimento de insegurança pelos frequentadores, principalmente no período da noite. Seja por conta da ausência de iluminação adequada, seja por causa da sua localização – bairros de alto padrão que não possuem fluxo constante nas ruas. Vale ressaltar também a questão da poluição, que principalmente após finais de semana e eventos realizados próximos da lagoa, fica mais evidente a falta de preocupação ambiental da população. E por fim, apesar da estrutura dos brinquedos existir no local, não há manutenção adequada, assim como já supracitado no caso da Lagoa do Boa Vista.
A Lagoa Catarina, recebe o nome do bairro em que está situada, entretanto a origem do nome se dá por se situar no terreno que pertencia a Dona Catarina Cassímiro, que era líder e benfeitora da comunidade. A lagoa possui em torno de 550m de perímetro, profundidade máxima de 2,50m e espelho d’água de 13.200m².
Identificação Lagoa Catarina
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Está localizada em uma área predominantemente residencial, e apesar de estar próxima a uma rua de grande fluxo de veículos – como é a Rua São José – a avenida que cerca a lagoa, não possui trânsito intenso, o que propicia a prática de atividades físicas e recreativas da população. É comum ver diariamente pessoas fazendo caminhada ou corrida, moradores locais sentados na orla para conversar ou até mesmo pescar.
Lagoa Catarina
Fonte: Acervo Pessoal
A lagoa também possui uma pequena ilha artificial que é ligada por uma pequena ponte. Anos atrás havia uma pequena construção na ilha, que funcionava como bar, mas que, com os anos em que a lagoa ficou em péssimo estado, acabou fechando e a construção foi se deteriorando. Atualmente há uma academia ao ar livre para a população.
Ilha da Lagoa Catarina antigamente
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Sete Lagoas
Ilha da Lagoa Catarina atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
Tal como outras lagoas, a Lagoa Catarina também passou por processos de secas; foram diversas as vezes em que a lagoa esvaziou e dentro dela houve o crescimento de vegetação e acúmulo de poças de água.
Em 2014 a lagoa passou por processo de revitalização, com a remoção da água restante e a limpeza dos materiais que estavam no fundo da lagoa. Além disso foi instalada manta impermeabilizadora para controlar a perda de água nos períodos de estiagem e assim estabilizar o nível da água.
Processo de revitalização da lagoa
Fonte: Site setelagoas.com.br
No ano de 2021 o local recebeu obras de melhorias das infraestruturas, como nova iluminação de LED, academia ao ar livre, reforma do calçamento, instalação de lixeiras, melhorias na quadra esportiva, além da limpeza da própria lagoa em si. Entretando ainda há uma falta de consciência por parte dos frequentadores que poluem e contaminam a água.
A Lagoa do Vapabuçu, ou Lagoa do Matadouro como é popularmente conhecida, é mais uma das lagoas da cidade que enfrenta problemas de seca. Desde a década de 1990 que o volume de água dessa lagoa é alterado entre os períodos de chuva e de seca.
Está localizada em uma área em que não há grande adensamento urbano, na região leste da cidade. A lagoa possui em torno de 1300m de extensão.
Identificação Lagoa do Vapabuçu
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Um fato curioso sobre a Lagoa do Matadouro são os episódios de incêndio ocorridos dentro dela. Como explica o biólogo Ramon Lamar em publicação em seu blog no ano de 2013, tal fenômeno acontece devido ao grande acúmulo de matéria orgânica no fundo desses lagos, e que ao entrar em estado de decomposição se torna turfa (um tipo de carvão); e quando a turfa decompõe, gases combustíveis como o metano são liberados. Desta forma, quando há algum princípio de fogo na superfície da lagoa – seja espontâneo ou gerado por atividades humanas -, as chamas chegam até o subsolo e queimam a turfa. Além da questão da qualidade do solo, há outros problemas como a fumaça e os odores gerados, que atingem os moradores e frequentadores da região.
Pontos de fumaça saindo do solo da lagoa
Fonte: Blog do Ramon Lamar
Para além desta questão, há outros problemas envolvidos na lagoa, uma vez que redes de esgoto já foram depositadas na lagoa, a área de APP invadida, entre outros.
O registro encontrado sobre um projeto relacionado a lagoa, um mutirão de coleta de lixos realizado por vários cidadãos em 2013, onde pequenos espelhos d’água foram vistos no local que um dia foi uma grande lagoa, e nas áreas verdes formadas foram encontrados cavalos pastando, lixos depositados, além de caramujo africano (Achatina fulica) que além de causar problemas relacionados à biodiversidade, supõe-se que são hospedeiros de duas espécies de vermes que causam doenças sérias.
No ano de 2014 foi realizada uma limpeza na região da lagoa e a construção de uma vala com isolamento da área. Nessa mesma época foi proposta a recuperação, proteção e restauração da mata ciliar tanto da lagoa quanto do córrego, além da requalificação da orla; entretanto a crise econômica de 2014/15 impediu que as obras fossem feitas.
Apesar do estado crítico da lagoa, nenhuma intervenção efetiva ocorreu por parte da administração municipal, mesmo que diversas promessas de recuperação tenham sido feitas. Vale ressaltar que o biólogo supracitado encaminhou um projeto de recuperação em meados de 2015 para o prefeito da época, que previa não só a urbanização da área mas também a manutenção de áreas protegidas para a fauna nativa e pássaros migrações que frequentam a região.
A Lagoa da Chácara é umas das sete principais mas que infelizmente está seca há mais de 40 anos. Foi após esse acontecimento que surgiu uma preocupação pela populaçao e autoridades de que as demais lagoas da cidade sofressem com o mesmo processo, e por isso se iniciou o processo de impermeabilização do fundo das lagoas na cidade.
Localizada na região oeste da cidade, essa lagoa não possuía nenhum tipo de pavimentação em sua orla, e isso se deve por sua localização ser dentro de uma fazenda que até pouco tempo não havia sido loteada. A lagoa antigamente possuía em torno de 800m de extensão.
Localização da Lagoa da Chácara
Fonte: ipatrimônio
A partir do ano de 2022 um loteamento de condomínio residencial começou a se estruturar nas proximidades do local em que um dia esteve a Lagoa da Chácara.
Nova Lagoa da Chácara
Fonte: Google Maps modificado pela autora
O bairro planejado, nomeado de Jardim da Serra, já iniciou as obras do loteamento para instalação da infraestrutura. Com isso, os trabalhos de revitalização da área onde um dia esteve a lagoa também já começaram, ainda no ano de 2022 iniciaram a escavação para recuperar a topografia da lagoa com apoio da Prefeitura Municipal.
O projeto prevê que a lagoa terá no máximo 3 metros de profundidade e cerca entre 28 e 29 mil metros quadrados, e com controle do nível d’água para se manter o mínimo de água do espelho, assim como o máximo e evitar que transborde. Além disso, a lagoa irá funcionar, de maneira técnica, igual a uma bacia de contenção, acumulando a água que acaba por desaguar no Córrego do Diogo atualmente.
Projeto da nova lagoa
Fonte: Site setelagoas.com.br
Um importante ponto do projeto, é que irá manter grande parte da vegetação da região, tendo em vista que é uma APP. Com o início das obras no local, pode-se notar que essas áreas de preservação já estão demarcadas.
Uma das placas de identificação de APP dispostas ao longo do condomínio
Fonte: Acervo Pessoal
Resumindo, a atenção em especial de que essas lagoas carecem se dá principalmente em relação à questão ambiental, pois além de uma já ter passado pelo processo de seca, em sua grande maioria, elas encontram-se em péssima qualidade da água, o que ocasiona diversos outros problemas relacionados à fauna e à flora locais. A qualidade das águas muito se deve a ausência de conhecimento da população sobre os cuidados necessários, pois em diversos momentos é possível notar que há lixo jogado nas lagoas. Uma melhor manutenção desses espelhos d’água, além de um incentivo para educação ambiental, se faz urgentemente necessário para recuperar essas lagoas, e quem sabe trazer de volta partes do que um dia já foram cenários maravilhosos e prazerosos para os moradores.
Vale ressaltar que as lagoas são abastecidas por lençóis subterrâneos que que não estão em grande profundidade, somado ao crescimento da cidade e por consequência a impermeabilização do solo cada vez mais crescente, o volume de água infiltrado vai sendo reduzido. Além disso, a cidade, por ser polo industrial, possui empresas que utilizam grande porcentagem da água da cidade. E há alguns anos foi reduzido o percentual de permeabilidade dos terrenos de 30% para 25% em quase toda a cidade.
Ademais, em muitas delas a população usufrui de suas orlas para prática de atividades físicas diariamente, e em várias o calçamento não está em qualidade, a iluminação está precária e não há bancos ou lixeiras dispostos de forma qualitativa; sendo esses equipamentos importantes também para proporcionar momentos de lazer de qualidade.
A Ilha do Milito está localizada na Lagoa Paulino, na verdade não é apenas uma, mas sim duas ilhas, sendo a segunda nomeada de Ilha das Garças. A lagoa que cerca as duas porções de terra passou por um processo de recuperação após os anos 1940, tendo em vista que estava tomada por uma espécie de bambu; como naquela época as técnicas eram rudimentares, durante o processo de desaguamento da lagoa, o grande volume de terra acumulado levou a ideia da criação de uma ilha.
Ilha do Milito e Ilha das Garças antigamente
Fonte: Facebook. GONÇALVES, José Marcos. RETALHOS DO PASSADO – FOTOS ANTIGAS. 05 de novembro de 2016
Após sua formação, a cada novo prefeito, novas intervenções eram feitas. No local já esteve um farol e um viveiro de periquitos australianos, a ponte que ligava a orla da lagoa até a ilha já foi de madeira com características japonesas; já foi dotada de pisos em mosaicos portugueses com partituras musicais do hino do município.
Ilha do Milito, em destaque a ponte
Fonte: Climaonline
Posterior a década de 1960 a construção foi substituída por um restaurante de concreto e aço. E com o passar dos anos, diversas intervenções foram sendo feitas na construção até chegar ao atual estado. A Ilha do Milito serviu de inspiração para criação de ilhas em outras duas lagoas, do Boa Vista e do Catarina.
Construção na Ilha do Milito atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
Um dos principais usos do espaço foi para o lazer, e que até os dias de hoje se mantém, mesmo que de diferentes formas. Antigamente era possível fazer o aluguel de pedalinhos para passeios dentro da lagoa, e na construção havia o serviço de lanchonete. Principalmente aos finais de semana, era possível ver diversas famílias em momentos de descontração no local.
A antiga função de pedalinho se perdeu por diversos motivos, mas principalmente devido às condições da lagoa, e também ausência de manutenção dos equipamentos; e também por conta das diversas trocas de donos/gestão que o local passou.
Antigo deck dos pedalinhos
Fonte: Acervo Pessoal
Hoje em dia se mantêm os serviços no edifício, com uso predominante noturno e de festas aos finais de semana, onde está em funcionamento um bar/restaurante, e que é recepção de algumas festas noturnas.
Ilha do Milito
Fonte: Instagram – A Ilha Sete Lagoas
A principal problemática deste lugar está relacionada com o apagamento da história do mesmo que foi ocorrendo com o passar dos anos. A atual construção não faz alusão sequer à primeira obra do local, os mosaicos portugueses, os pássaros, os bambus, nem mesmo os pedalinhos, absolutamente nada recorda os usos passados. É compreensível que com o passar dos anos, novas demandas e usos vão surgindo, entretanto, se tratando de um local situado no cartão postal da cidade, e com tanta riqueza histórica, é necessário um cuidado em preservar e conservar.
A Praça Wilson Tanure localizada ao lado da Lagoa Paulino, nem sempre teve esse nome, inicialmente a praça era nomeada como Praça Olegário Maciel, e posteriormente teve seu nome alterado. Além de ser uma praça e servir de local de espera de algumas linhas municipais de ônibus, possui a edificação do Centro de Apoio ao Turista Presidente Juscelino Kubitschek (CAT), que caracteriza o nome mais popularmente conhecido da praça, Praça do CAT.
Praça do CAT antigamente
Fonte: IBGE
O CAT foi inaugurado em 1990, e como o mesmo nome já diz, é um local de orientação ao turista, além de ser espaço da feira permanente de produtos artesanais e industriais da cidade. O espaço quase nunca foi usado em nem 10% da sua capacidade.
A praça em si é muito frequentada pela população local, seja pelos motivos já citados, ou pela sua localização no centro da cidade, quase que sendo uma conectora de duas das principais ruas do centro, e por ter comércios e bancos ao lado.
Mapa ilustrativo – Proximidade da praça das ruas do centro
Fonte: Google Maps modificado pela autora
A praça já passou por vários processos de requalificação, um deles em 2015, quando foram instalados banheiros públicos na parte inferior do local. E o mais recente, quando o espaço fez parte de um projeto municipal de adoção de praças da cidade por meio da iniciativa privada; nesta recuperação houve a troca dos bancos, lixeiras, iluminação e do piso, além de novo paisagismo e pintura da construção principal.
Praça do CAT após processo de revitalização
Fonte: Prefeitura de Sete Lagoas
Esse projeto de adoção de praças é um decreto municipal que visa promover a requalificação de pontos da cidade em conjunto com a iniciativa privada. Em ligação com a Secretaria municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Sete Lagoas, as informações obtidas são de que a partir desse decreto, o empreendedor que possuir serviços próximo a alguma praça e desejar melhorias no local, pode entrar em contato com a Secretária informando sua vontade manifestando o interesse; a partir disso é necessário a assinatura de um termo de compromisso. A partir desse termo, o empreendedor tem 1 anos de duração para manter os cuidados com a praça adotada, podendo colocar placa de divulgação da sua empresa no local – única parte do projeto que há limitações, pois o tamanho da placa depende do porte da praça – e pode renovar por até 5 anos após a finalização do tempo inicial. Relatam ainda que esse projeto tem caráter social, paisagístico, arquitetônico e urbanístico e que se estende aos pontos de ônibus da cidade.
É um projeto interessante tendo em vista que nem sempre o município consegue atender às demandas de reformas urbanas. Entretanto é necessário um cuidado quanto aos interesses da iniciativa privada em favorecer apenas determinados locais da cidade, visando apenas seus empreendimentos, ainda mais no processo em que não há diretrizes pré estabelecidas.
Ademais, como se parte do próprio interesse privado, outros espaços da cidade podem estar necessitando de reformas e não conseguirem devida atenção.
O local tem potencial para ser melhor explorado, tendo em vista que já funciona como centro de informação ao turista, pode também abrigar o Circuito das Grutas, que está diretamente ligado em turismo, e atualmente está situado em uma região pouco frequentada e sem a devida sinalização de ponto de informações.
Mapa ilustrativo – Localização do Circuito das Grutas em relação ao CAT
Fonte: Google Maps modificado pela autora
Tornando assim, o CAT em um concentrador de serviços ligados ao turista, e que permitiria uma melhor gestão, tendo em vista que ambos os locais ficam fechados aos finais de semana.
Circuito das Grutas
Fonte: Acervo Pessoal
Praça do CAT atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
Os trabalhos artesanais podem ir para outros pontos da cidade, locais que inclusive já possuem função similar, como o Casarão, por exemplo, que será elencado nesse trabalho posteriormente. Por meio dessa mudança, é possível criar um incentivo para percorrer a cidade e conhecer os demais locais, levando o público para além da área central.
Além disso, há a questão da infraestrutura: é uma praça que possui banheiros públicos, que poderiam ser melhores, tendo em vista as frequentes reclamações dos usuários, seja pela falta de manutenção ou pelo tamanho da construção que às vezes se torna insuficiente frente ao número de pessoas. Além de que, aos finais de semana, o local também fica fechado.
Banheiros Públicos – Praça do CAT
Fonte: Acervo Pessoal
O Museu Ferroviário de Sete Lagoas, é o local em que a partir de 1886 abrigou a Estação Ferroviária de Sete Lagoas, além de estação com oficinas de montagem e reparos, continha também um telégrafo – importante naquela época para comunicados importantes da região, assim como para funcionamento das locomotivas.
Antiga Estação Ferroviária
Fonte: Facebook. SANTOS, Michel. A Linda História de Sete Lagoas. 27 de julho de 2020
A estação representou um importante marco de expansão da cidade, pois antes o crescimento urbano se concentrava próximo a Igreja Santo Antônio, e com a instalação da estação, houve uma perspectiva de crescimento comercial e, por consequência, novos moradores na região – nesta época foi fundado o Bairro Boa Vista. O último trem passou pela estação em dezembro de 1992.
Houve um projeto em conjunto ao IEPHA para o tombamento do espaço.
Museu Ferroviária atualmente, e uma das locomotivas
Fonte: Acervo Pessoal
A partir dos anos 2000 passou a funcionar como Museu Ferroviário e permanece até os dias atuais com essa função. O museu conta com fotografias, uniformes, ferramentas e outros itens da época. Além da edificação principal, na mesma praça, há também um antigo vagão de passageiros e duas locomotivas.
Vagão de passageiros e uma das locomotivas
Fonte: Acervo Pessoal
O local é de grande importância para a conservação da memória da cidade. Entretanto há um grande dilema no funcionamento do museu, pois o mesmo só funciona de segunda a sexta e em horário comercial; além de ser um empecilho para os próprios moradores da cidade em frequentarem, é também um limitador, tendo em vista que o fluxo de turistas costuma ser maior em finais de semana e feriados, nos quais o local não está aberto.
Além do mais, é necessário que pequenos reparos sejam feitos no local, uma vez que é um museu e guarda parte da memória da cidade, além de receber turistas.
Vidros quebrados em portas e janelas do museu
Fonte: Acervo Pessoal
Construído em 1795, o Centro Cultural Nhô Quim Drummond, conhecido como Casarão, funcionou com diversas atividades, até que a partir de 1960 tornou-se escola. Entretanto, no fim de 1970 foi abandonado. Atualmente funciona como centro cultural.
Casarão aos fundos antigamente
Fonte: Jornal Sete Dias
Localizado próximo ao Museu Histórico e da Catedral de Santo Antônio, compõem o conjunto das edificações na mesma região da cidade. O local além do casarão possui aos fundos um anfiteatro. O anfiteatro leva o nome do ator Mauro Faccio Gonçalves, ou como era popularmente conhecido: o Zacarias. No local está o acervo do Trapalhão.
Anfiteatro Mauro Faccio Gonçalves
Fonte: Acervo Pessoal
A construção foi tombada pela prefeitura municipal em 1986 e restaurada em 1988 por movimento popular. O nome que o Casarão possui hoje foi dado em 1991 em homenagem ao centenário do historiador, com atribuição de ser o centro de artesanato e folclore da cidade.
Sendo mais uma vez pontuado como problema: o horário de funcionamento. O local funciona apenas em dias de semana e horário comercial.
Casarão atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
Assim como outros locais citados durante esse trabalho, o espaço já possui a função de museu, entretanto poderiam ter sua função cultural e social melhor aplicada, principalmente para a população da própria cidade.
É necessário buscar uma estratégia para fomentar a frequência desses locais, além da ampliação dos horários e funcionamento aos finais de semana.
O Museu Histórico Municipal está situado em um casarão que fez parte da antiga Fazenda das Sete Lagoas, e que desde 1970 funciona como museu, onde há diversas fotos, móveis, documentos, instrumentos, entre outros artigos, que relatam parte da história da cidade.
Museu Histórico Municipal antigamente
Fonte: IBGE
O imóvel está localizado ao lado da Catedral de Santo Antônio, marco da fundação e crescimento da cidade, e do Casarão que foi supracitado.
Museu Histórico Municipal atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
Apesar de ser o museu municipal da cidade, o espaço não aparenta receber todos os cuidados devidos, pois é possível encontrar diversos pontos que necessitam de reparos, como é possível notar pelo próprio tour virtual, onde há aberturas no chão e no forro de alguns cômodos da edificação.
Aberturas no forro e piso internos
Fonte: My360- Museu Histórico Municipal de Sete Lagoas MG
Deslocamento da fachada externa do museu
Fonte: Acervo Pessoal
Ademais, outra problemática do local, e não apenas dele como já supracitado, o museu não funciona nos finais de semana. O horário de funcionamento não é muito amplo, o que acaba sendo um limitador para as visitas acontecerem.
Há um sentimento da própria população em relação ao local, no que diz respeito à ausência de incentivo para o local, seja por causa do horário inacessível para visitação ou por conta da falta de divulgação do espaço, e isso pode ser notado pelos comentários que existem no Google. Vale ressaltar que a localização do museu não é vantajosa em relação aos pontos de maior concentração de fluxos, uma vez que ele está em uma rua em que não há trânsito de pedestres com frequência, apenas veículos.
O Museu de Mineralogia de Sete Lagoas (MUMI) estava previsto para estar situado na Rua Professor Abeylard, em um casarão histórico da cidade, com arquitetura típica dos anos 1940, que passou por um processo de restauração em meados de 2016 para abrigar o museu. Local este que receberia a mais representativa coleção de minerais brasileiros.
Casarão que receberia o MUMI
Fonte: Acervo Pessoal
Na época do projeto de restauração do imóvel, houve uma proposta para integração do museu com a praça Dom Carmelo Mota, que está em frente ao casarão. O projeto dessa integração foi realizado pelo prof. da Escola de Arquitetura da UFMG, Carlos Alberto Maciel.
Entretanto, o museu não teve continuidade devido a trâmites de outros projetos que aconteceram paralelamente, um deles na própria cidade, fazendo parte do Rota das Grutas, na Gruta Rei do Mato; e o outro no Museu das Minas e do Metal (MMM) Gerdau, em Belo Horizonte.
Apesar de todo esse processo de projeto, o imóvel atualmente está sem uso, e faz parte do conjunto de diversos outros pontos da cidade que poderiam estar sendo usados como ferramentas fomentadoras de cultura.
Uma questão a ser levantada sobre essa casa, é de que a especulação imobiliária vem crescendo fortemente na cidade, ainda mais se tratando de uma área no centro da cidade, em uma das ruas de maior fluxo, e próximo de um espaço que costuma receber dezenas de pessoas nos finais de semana como é o caso da praça, que é o local da Feirinha que ocorre semanalmente, às sextas e sábados.
A preocupação do futuro do imóvel é um ponto que deve ser considerado, tendo em vista o histórico de desaparecimento de construções de décadas passadas, em frente aos novos empreendimentos. Principalmente quando já aconteceu na cidade, popularmente dizendo “da noite para o dia”, a demolição de um casarão, que ficava no centro da cidade, e que hoje em seu lugar se tem um estacionamento.
Antigo sobrado na Praça Alexandre Lanza
Fonte: Blog SL – História Viva
Por isso é necessária atenção para esse espaço, promover o uso, para assim incentivar a conservação do imóvel. Um local que poderia estar servindo de uso para os tantos projetos sociais e culturais que pequenos grupos desenvolvem na cidade.
A Casa da Cultura é um espaço de teatro, música, dança e exposições diversas, inaugurado em 1982, localizado na orla da Lagoa Paulino.
Casa da Cultura antigamente
Fonte: Climaonline
Além do contexto cultural, o local já abrigou a biblioteca pública da cidade, e hoje é sede administrativa da Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social e é usado para reuniões, debates, entre outras atividades coletivas e sociais. O espaço contém um auditório e duas galerias, sendo uma dessas, inaugurada apenas em 2010.
Casa da Cultura atualmente
Fonte: Acervo Pessoal
O ambiente foi, durante muitos anos, usado para apresentações teatrais e musicais de diversas escolas da cidade.
Apesar de ter recebido uma ampliação relativamente recente, o espaço ainda é pequeno para atender as demandas, tendo em vista que o auditório possui apenas 140 lugares.
Como os próprios relatos de frequentadores do local no Google de frequentadores, é necessário alguma intervenção visando melhor aproveitamento do espaço, assim como ventilação e iluminação.
Nos últimos anos, o sentimento é de esquecimento do potencial cultural do local que está situado na orla da principal lagoa da cidade e que pode ser um excelente espaço para a exposição de trabalhos artesanais, os quais hoje em dia estão expostos no CAT.
Há uma necessidade de posicionamento da secretaria de cultura quanto a diversos lugares da cidade, principalmente no que diz respeito ao incentivo do uso dos mesmos, assim como a preservação e manutenção desses locais.
A Serra Santa Helena é o ponto mais alto do município, de onde é possível ver praticamente toda a cidade. No seu topo está a Capela de Santa Helena e o cruzeiro, aos fundos da serra está localizado o Parque da Cascata.
A Capela de Santa Helena foi erguida em 1852, juntamente do cruzeiro. Ambos estão em uma área particular, que pertence à Paróquia de São Pedro, mas foram doados a uma comissão zeladora para manter o local. A Capela recebe visitantes diariamente, principalmente no último domingo de cada mês, que é quando é celebrada a missa.
Capela de Santa Helena
Fonte: Acervo Pessoal
O local também recebe frequentadores em maior número, durante as celebrações de a Festa em Honra de Santa Cruz e Santa Helena, na última semana de abril e primeira semana de maio; assim como durante o mês de julho, em que há tradicionalmente o evento beneficente Caldo da Lua, em que são realizados pequenos shows, teatros, entre outros, com o intuito de arrecadar agasalhos, cobertores e medicamentos para a Farmácia do Bem.
Caldo da Lua 2023
Fonte: Instagram – Caldo da Lua
O Parque da Cascata é localizado há uns 2km da Capela de Santa Helena e é outra atração da Serra de Santa Helena. O parque foi criado em 1988, e permaneceu em funcionamento até 2014, quando foi fechado para reformas e assim se manteve até meados de 2018. Entretanto, mesmo com a reabertura do local, que passou por uma requalificação e recebeu novo status, passando a ser nomeado Parque Ecológico da Cascata; ainda hoje não há funcionamento da estrutura que deveria oferecer serviços de lanchonete e banheiro aos usuários – as demais instalações são apenas a portaria de entrada e abrigo da Brigada Florestal.
Pichações na estrutura do Parque da Cascata
Fonte: Site Por dentro de tudo
Brigada Municipal
Fonte: Acervo Pessoal
Atualmente o Parque encontra-se fechado e sua portaria está abandonada.
Entrada do Parque da Cascata
Fonte: Acervo Pessoal
Assim como a Serra, o Parque também está em uma área de proteção ambiental, “Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental Serra de Santa Helena”. E não somente por este motivo, deveria ser um local com maior atenção para os cuidados de manutenção e preservação.
Mapa APA da Serra Santa Helena
Fonte: Lei Complementar Nº 245, de 12 De Janeiro De 2021
Os moradores da cidade frequentam bastante seja para missas na capela ou atividades físicas, é um costume subir a serra aos finais de semana seja por caminhada, bicicleta, além da rampa de voo livre que há no local.
Atualmente há pequenos comércios no local, entretanto, com o crescente fluxo, em horários de pico, os estabelecimentos ficam sobrecarregados. Além de estarem alocados em construções provisórias, e que poderiam oferecer melhores condições, tanto para os trabalhadores (cozinhas melhores, equipamentos de qualidade), como para os usuários (mesas e cadeiras, banheiros em maiores quantidades)
Comércio existente e construção ao lado
Fonte: Acervo Pessoal
Por seu grande fluxo de visitantes, seja de moradores locais ou de turistas, a serra possui grande potencial para exploração do ecoturismo.
A estrutura atual do Parque da Cascata não consegue oferecer infraestrutura suficiente para os visitantes, como banheiros e lanchonetes. Além disso, há um elevado número de praticantes de ciclismo, entre outras atividades esportivas, o espaço poderia ser um excelente ponto de parada.
Um dos banheiros disponíveis ao lado da capela
Fonte: Acervo Pessoal
No final do ano de 2022 houve a apresentação de uma proposta do Plano de Negócios e Estratégias do Parque da Cascata, que consiste na concessão da maior área verde da cidade para a iniciativa privada com objetivo no turismo regional. Entretanto, não há notícias sobre quando esse projeto poderá ou deverá ser executado, há apenas as propostas de uso que foram elaboradas:
No primeiro ano da concessão estão previstas melhorias como reforma das instalações, bilheteria, espaço para a Guarda Municipal, implantação de um Centro de Apoio para Atividades de Aventura, um Centro de Educação Ambiental, salas de exposições, lanchonete e loja de souvenirs, além do manejo das trilhas e estacionamento. No segundo ano, são previstas atividades de contemplação da natureza, cultura e aventura, caminhadas e trilhas ecológicas, trekking, trilhas de moutain bike, rapel na cascata, observação de pássaros, eventos culturais e loja de artesanato. No terceiro ano, viveiro de mudas, restauração florestal de áreas degradadas, Bike Park, pista de Pump Track, locação de equipamentos e campismo.
Já a partir do quinto ano estão previstos um novo centro de visitantes, restaurante com vista para cidade, ampliação da loja de artesanato e centralização das atividades de aventura. (PREFEITURA DE SETE LAGOAS, 2022)